segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Reis só comem carne vermelha!


“Cof, Cof” – O cheiro era forte, era mais viciante do que qualquer outra droga que provara. O cheiro. O cheiro do suvaco. Não tomava seus banhos direito fazia uma semana, mesma época que descobriu a inusitada fragrância. Essa “droga natural” o tranqüilizava em dias que estava nervoso. Além disso, tinha a vantagem de ser de graça.

Preferia ficar cheirando o suvaco a estar fazendo qualquer outra coisa. Ficava trancado no banheiro. Olhos vermelhos, o bronze sumindo do corpo pouco a pouco. Caminhava para um poço sem fundo. Era a porcaria do cheiro! No começo, as doses eram pequenas, agora, para ficar tranqüilo, precisava cheirar cada vez mais!

O corpo já estava franzino, não era nem de longe a sombra do que um dia fora, um garoto responsável, estudioso e feliz. Maldito cheiro! Maldito dia em que abandonara seus banhos em troca de um punhado de felicidades efêmeras, em troca de um punhado de ilusões, em troca de um maldito cheiro!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Músicas infantis



- Vai andando pro meu trabalho porque vai ser difícil eu te pegar hoje.

- Tá pai.


Meio-dia, saio do cursinho e ando até o trabalho do meu pai(que não fica tão perto do cursinho), enfrentando muito calor. No caminho ouço a música "Rap das armas" que se popularizou no filme "Tropa de Elite" ( é aquela: "Morro do Dendê é ruim de invadir, nós com os alemão vamo se divertir... pápárápápárápápáráclackbum" e tals). A música estava sendo tocada numa escola e as crianças estavam cantando muito contentes. Parei para pensar... sabe, achei meio estranho tocar uma música como essa na escola, para crianças cantarem. Aonde estão as músicas infantis, aonde está o "Atirei o pau no gato", "Escravos de Jó", " Samba Lêlê", " Com quem será que fulano de tal vai casar", "Popeye vai ser papai" e muitas outras? Não sou pedagogo mas acho que poderiam estar ensinando outras músicas para as crianças.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Planos lisos são perigosos mesmo para patinadores.


Mesmo que fosse possível, pelo menos tentar, pensar um pouco mais sobre as coisas que podem não parecer ter importância alguma, a nossa "capacidade" de usar nossa (in)capacidade mental de 10% não nos permitiria chegar a uma conclusão diferente sobre qualquer que seja o caso. É claro que no caso da ervilha podemos relevar um pouco, afinal, quem ia imaginar que a pobre da ervilha tem uma capacidade destrutiva e aniquiladora tão alta quanto de uma bomba atômica (sorte das autoridades responsáveis que, uma vez que ela entra, dificilmente sai inteira, então, após uma vítima, tornam-se nulas as suas aspirações a serial killer).

Falando em aspirar, a ilustração da hipótese torna-se mais clara ao constatarmos que a poeira que nós respiramos, é tão perigosa quanto a mandíbula de um tubarão, mesmo para aquelas pessoas que, como nós, pensaram que a poeira não servia para nada mais que aporrinhar a vida daqueles que já não tem tempo nem para se certificar de que seus filhos espirram apenas porque um organismo estranho precisa ser expulso de seus corpos que não entendem de nada, ou se é uma alergia que, não antes diagnosticada, pode levar esses pais até a funerária mais próxima.

Não que um dia eles tenham passado na frente de uma funerária e pensado que o dinheiro que sobrou do mês muito bem poderia servir para dar entrada no buraco que a família vai ocupar mais tarde. O problema é que eles pensaram que esse "mais tarde" seria tão tarde, que era melhor comprar mais algumas bugigangas que ficariam espalhadas pela casa acumulando mais e mais poeira, como se as que já existissem na casa não fossem capazes de acumular poeira o bastante para fazer seus filhos dormirem sete palmos abaixo dos pés de suas camas. Puro desleixo.

Mas eu concordo que as pessoas não podem fazer um círculo no chão e ficarem presas ali para todo o sempre (até porque o círculo poderia virar um buraco, então as pessoas cairiam para todo o sempre). Na verdade precisamos de uma cooperação mútua para nos livrarmos das grandes ameaças que vão assolar o mundo nas próximas gerações. Que fique claro que um dia a maior notícia do Jornal Nacional será aquela que dirá que o atual vice-campeão mundial de patinação sobre gelo morreu quando tentava lavar com água e sabão o pátio de sua casa. Se querem acabar com o crime organizado, ao invés de comprar armas, seria melhor comprar espanadores para serem usados como armamento pela polícia. Talvez eles tenham nascido mesmo parar limpar o pó da minha casa, já que não conseguem fazer o que lhes cabe.

E antes de condenar Fernandinho Beira-Mar e companhia, procure saber porque está espirrando!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

filosofia barata resultante da insônia e do egocentrismo, que por sua vez resulta de uma megalomania ainda não descoberta (sou napoleão!)

eu tinha planejado escrever algo extremamente interessante para um post de estréia, mas acho que palavras como interessante, extraordinário e maravilhoso, já não se encontram no meu vocabulário. às vezes a gente pensa que controla o mundo, mas quando menos nos damos conta, percebemos que nem sobre nossas vidas temos controle. é uma vertente da teoria do caos, diretamente aplicada ao cotidiano, especialmente de pessoas que, como eu, sofrem de insônia.

definitivamente esse não é um bom começo pra um promeiro post, mas acho que o fato de ser 05 da manhã atenua minha culpa (tenham cuidado, a condecendência é o primeiro sinal de que estamos no fundo do poço). mas como esse blog é sobre coisas a se pensar, vou tentar entreter vocês com o pouco que me resta de senso comum e retórica.

é engraçado como não gostamos de dividir nossas melhores idéias com o resto do mundo, eu diria que é uma espécie de egoísmo sadio que nos ajuda a manter a sanidade e a auto-estima. pensar que o outro é mais burro sempre funciona pra gente esquecer das nossas próprias frustações. é um desvio de dor primitivo, mas a grande verdade é que não somos nada além de sacos de ossos (parafraseando o termo do king) que andam pela terra se alimentando da dor alheia e de vitórias injustas contra o sistema podre do qual fazemos parte.

qualquer coisa dita além disso é complacência com os nossos erros, e de complacência o mundo tá cheio. vejam meu caso, por exemplo: minha psicóloga é completamente complacente com minhas atitudes destrutivas. ela sempre diz que não podemos fazer nada que está além da nossa capacidade, ou seja, se eu quiser matar alguém enquanto estiver com raiva, eu posso, porque provavelmente estarei além da minha capacidade de auto-controle. tá, tá, forcei. mas é mais ou menos isso. eu disse pra ela que eu não conseguia largar a coca-cola e ela falou que eu podia estabelecer uma meta e parar com a coca aos poucos. ai ontem tomei uma garrafinha de coca de noite e advinha? consegui dormir só 1 da manhã e acabei acordando às 5! isso lá é vida? se ela tivesse me mandado parar logo com a merda da coca, eu teria feito esforços sobre-humanos e agora estaria dormindo, mas a filha da puta da condescendência só serve pra perpetuar nossos problemas.

ótimo, finalmente tô ficando com sono. agora que são 6 da manhã, a merda do cansaço volta. quer dizer, daqui a duas horas tenho que apresentar meu trabalho final de história da arte (duas peças, ou melhor, dois brincos de arame retorcido com inspiração no athos bulcão), e vou estar parecendo um zumbi nos corredores da univali. mais do que o habitual, i mean. o que eu quero que vocês entendam é que tudo é um círculo vicioso. como tô com sono e tenho que ficar acordada, vou ter que tomar café. e o café me trará insônia mais tarde. e eu não tenho como me livrar disso, especialmente porque minha receita de rivotril acabou e eu combinei com a evelin (esse é o nome da minha psicóloga) que eu não vou tomar mais remédios pra dormir ou anti-depressivos, a não ser que eu piore muito. (meeu namorado entrou no msn, o que ele tá fazendo aqui 06:24 da manhã?!)

bom, tudo resolvido, ele foi se arrumar pro último dia de aula dele. sorte né? minhas aulas só terminam sexta da semana que vem, e vou ter 12 horas de processo de design em uma semana só :O não que eu não goste de pensar, mas se você tá cansado, doente e estressado como eu, você não faz tanta questão assim de arranjar sarna pra se coçar (nossa, como sou velha x) ). e processo de design, contrariando aquela lei preconceituosa que eu mesma criei sobre meu curso, é uma das únicas matérias em moda que diferencia quem usa os neurônios de quem usa a memória longa (coisas que são facilmente confundidas, principalmente pela tão falada condescendência).

já perceberam que as palavras preferidas do ser humano egoísta são 'eu' e 'meu'? depois de muita auto-análise, me dei conta que esses são os vocábulos que mais proferi durante minhas existência de 17 anos e alguns meses. quer uma maneira simples de descobrir se você é egoísta? pensa na sua última conversa, não importa com quem. se o tema principal foi você, parabéns, você acaba de descobrir que é um egoísta em potencial! há quem diga que são questões inúteis, mas a psicologia revela que o auto-conhecimento é quase uma religião, e se você pensar bem, tem muito mais coerência do que a maioria das crenças que se baseia seus 'escolhidos' mais por seus contra-cheques do que por merecimento.

quando se é cético (não ao extremo, claro, pois a única coisa extrema que não faz mal é o amor - e não tô falando de paixão, tô falando de amor mesmo, abnegação, afeto incondicional), o mundo se torna mais divertido. as pessoas crentes (mais uma vez, entendam o significado da palavra) são tendenciosas, e mesmo que o cético também seja, ele não se preocupa com rótulos e não se ofende com quem não partilha de suas idéias. ele simplesmente se regojiza (nunca sei como se escreve isso) internamente com sua superioridade intelectual. falo isso não apenas por mim mesma, mas pela convivência com outros céticos, que inclusive fazem parte desse blog. mas por que tô falando de céticos, afinal? ahh tá, parágrafo anterior. gente, minha memória tá um lixo. aliás, falando em memória, alguém saberia me explicar esse negócio de memória de elefante? nunca entendi porque o elefante tem boa memória. se eu tivesse que fazer alusão à boa memória de um bicho, eu usaria o papagaio. afinal, ele que sabe repetir as frases humanas, não o elefante, que aliás nem boca tem, apenas aquela tromba gigante :O

bom, tá na hora de tomar café. então bom dia, caros leitores (espero que existam leitores), se cuidem (isso inclui atravessar a rua na faixa de segurança, usar camisinha e não dirigir bêbados, principalmente agora que o capitão nascimento tá aí! :D haha, piadinhas infames).
beeijos, beijos!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Forasteira


Acordada, manhã de quarta em todos os sentidos. Era muito cedo, por que na casa dela viviam muitos irmãos para pouco banheiro. Como a mais velha ainda estudando acordou primeiro, tomou o bom banho gelado e preparou um chá com pão e bolachas doces. Todos prontos e apertaram-se no carro e foram para a escola. Ela nem estaria estudando se continuasse no seu país, mas a guerra a fez voltar para a nação e cidade preferida por seus pais. Aceitou, lá de onde veio ela ouvia as bombas e tinha muito medo. Ela voltou então pra escola de sua infância. Tudo ocorria bem na sua sala, apesar de apenas um ou dois agirem certo para adquirir futuro, por isso se tornou preguiçosa.

Mas algo tinha que acontecer para quebrar essa calmaria se não de nada adiantaria essa história.

Havia um garoto muito estranho, principalmente em aparência. Se fosse só isso ela nem ligaria, mas ele tinha atitudes que a visão dela, constituída basicamente por sua moral e religião, discordava demasiadamente.

Este então do nada se apaixonou por esta, maldito dia! Ela não o via como homem, para ela ele era ninguém, como foi que ele foi se apaixonar? E tem isto tem explicação?

O primeiro incidente: ela não havia percebido tudo até então. Os dois faziam parte de um grupo do conselho de classe, estavam porque estavam entediados. Após uma conversa com o supervisor o garoto aproveitou-se da ocasião em que ficaram sozinhos e falou – “sobre aquela aposta que o pessoal disse que eu fiz com meu amigo, de que eu ia conseguir abraçar você, eu quero pedir desculpas, não devia ter brincado com isso, não quero que a gente pare de se falar, é porque eu gosto muito de você”.

Ela respondeu com um simplório e automático eu te perdoou, também gosto de ti.

Demorou um pouco para se tocar do que estava acontecendo, mas lembrou do comentário que uma das cobras que ela estudava tinha dito sobre a tal aposta, ela realmente tinha ficado ofendida, inclusive com o amigo, que já era conhecido de longa data e por não esperar isso dele.

O garoto permaneceu com o sentimento não mútuo pela garota, é, certos homens emburricam com certos amores. Não escondia de jeito algum, e se tornou alvo fácil do palhaço que toda sala tem. Ela tentava esquecer, gelar e apontar todo e qualquer erro dele, para ver se desistia, mas o menino gostava de se dizer excêntrico e gostava cada vez mais dela.

Voltando para a quarta, ela chegou na sala e continuou sua vida. No intervalo havia, neste dia de semana durante aquele mês, um festival de música, o idiota em questão pediu uma dedicada, anônima para a garota. Todo mundo havia percebido, e as cobras amigas riram disso. A garota avermelhou e quase explodiu, mas saiu correndo, humilhada e com raiva para a sua sala vazia. Pensou consigo mesmo que não ia ser na base do gelo, mas do fogo, ia queimá-lo com palavras rígidas.

Ela voltou para o país que ela sempre amou, porque por lá os homens são como ela acha que devem ser. E ficou feliz.

Ele se arranjou com outras coisas, afinal ele viveu sem ela antes, né?

sábado, 17 de novembro de 2007

Compra-se Tempo

Compro tempo, não importa se for pouco tempo ou muito tempo. Pago em dinheiro, mas posso negociar trocando por algum relógio de minha valiosa coleção. Meu endereço é: Beco dos Imortais, perto da Rua Saturno. O número de minha casa é 10000... , situando-se na frente da casa do Seu Matusalém. Meu fone é: 1234-5678 e meu celular: 9876-5432. Tratar com Perpetuum Póh Mercenarius.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


Kate Nash escreveu e traduzi nisto:


Ela esperava na estação
Ele descia do trem
Como ele não possuía a passagem ele teve que pular as barreiras
denovo
Bem, o inspetor viu ele correndo
Ele disse: "menina, tu não sabes o quanto tive saudades de ti mas
é melhor correr porque eu não tenho fundos para pagar esta multa"
Ela disse: "é melhor sim"

Bem, eles correram para a fora da estação e pularam em um ônibus
com três cartões de viagem de ontem e duas garrafas de cerveja,
e ele disse: "tu estas bem bonita"
bom, ela vestia uma saia
e ele achou que ela estava bonita
e sim, ela não ligava realmente para mais nada
Porque ela só queria que ele achasse ela bonita
e ele achou

Mas ele estava olhando ela, com toda graça nos olhos
Ela disse: "vamos menino, diga-me no que esta pensando,
agora não seja tímido"
Ele disse: "vou tentar.
Toda as estrelas lá no céu e as folhas das árvores,
Todos os caminhos de pedras com gramas entre elas que fazem você pular só por diversão.
Toda a matéria no mundo é o quanto eu gosto de ti"

Ela disse: "o quê?"
Ele disse: "deixe-me tentar e explicar denovo"

"Certo, pássaros podem voar tão alto, ou podem cagar em nossas cabeças,
é, eles podem quase voar no seu olho e fazer você se sentir muito
assustado.
Mas quando você olha bem para eles e enxerga que são lindos,
É assim que me sinto sobre ti."

Ela disse: "o quê?"
Ele disse: "você"
Ela disse: "sobre o que você esta falando?"
Ele disse: "você"
Ela disse: "obrigado, eu também gosto de você"
Ele disse: "legal!"

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sonho de Valsa


Você me deixou no porto, a ponto de me jogar no mar! Tenha peito o suficiente para aceitar que meus sonhos são os melhores pra nós dois. Sorria como nos dias bons para que os olhos felinos fiquem fechados, não os esconda, são suficientes para me perder naquele fim de começo. Lembro dos dedos que acariciei, será que percebeu qual deles era o meu favorito? Era o alvo do anel que meu avô me daria. Eu nunca minto quando digo que amo, não quero ser amigo. Não serei mais se puder te dar um beijo, mesmo que você fique com raiva ou surpresa seria um mês ganho, nem lavaria a boca! Mesmo com muitos caminhos nessa vida achei algo que poderia brilhar em nos dois. Talvez com você possa defender o mundo por todo. Você tem sido muito pra mim, mesmo de longe. Eu adoro andar de você com as mãos dadas com amor e prazer. Serei seu se for minha sua’lma numa valsa! Como os antigos espertos do amor.

domingo, 4 de novembro de 2007

Catchup Mata Quatro



Quatro jovens, três com 18 anos e um com 17 anos, morreram na madrugada de sábado. A causa da morte: Catchup. Após saírem de uma festa, os jovens pararam em uma lanchonete. Pediram um hambúrguer . Um dos garotos, de nome J. S. da Silva, avistou catchup. Pediram para que o dono da lanchonete levasse Catchup para a mesa onde estavam. Os quatro jovens brincavam com Catchup, bagunçavam com Catchup, enquanto comiam seus hambúrgueres. Eis que, um dos jovens foi acertado por catchup, e depois os outors jovens também foram acertados por Catchup. O jovem vulgo Catchup foi preso em flagrante e foi encaminhado diretamente para a penitenciária.

sábado, 27 de outubro de 2007

"Poema da namorada masoquista e do namorado sádico" ou " A cega imbecil apaixonada"



Foda-me, foda-me,

Pegue o que quiser de mim,

Ferre-me, ferre-me,

E eu finjo que estou nem aí,

Brinque, brinque,

Com a minha paixão,

Cuspa nos meus sentimentos

Cague no meu coração.


Foda-me, ferre-me, brinque e sorria,

Nessa relação sou eu quem cobiça,

Cobiço seu amor e um pouco de atenção,

Leve meu dinheiro, meu carro e minha mansão,

Você é o sádico e eu a masoquista.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Scarface, Conspirações, Verdades e Carl Sagan



Nunca fui de acreditar muito em certas coisas que a mídia anuncia, coisas essas que acabam virando determinismos de verdades quase absolutas, e muitos acabam virando fantoches ( diferentemente do scarface aí em cima, que tem vontade própria e apesar de ser um fantoche manipula o ventríloquo) dos que formulam opiniões. Fico do lado das conspirações.


A morte de princesa Diana, por exemplo, a assassinaram. O governo e a realeza inglesa com o apoio do governo frânces, este que outrora afundou e atacou barcos do greenpeace, a matou. Era demais para o governo e a realeza inglesa que Diana, ex-mulher do príncipe Charles e mãe de dois filhos dele, namorasse um mulçumano. Era um tremendo escândalo: a ex-mulher do príncipe da Inglaterra namorando com um mulçumano e esperando um filho deste. De um modo ou de outro isso abalava a estrutura moral conservadora inglesa. Concordo com Mohamed Al-Fayed, mataram o filho dele e mataram Diana.


O World Trade Center é outro caso. Vídeos mostram pequenas implosões nos edifícios no momento em que os aviões batem nos edifícios. O governo americano não divulgou a lista dos passageiros que estavam no vôo. O Osama Bin Laden que está na lista do FBI é destro e o que aparece nas fitas bebe água e escreve com a canhota. Pode ser difícil de acreditar, mas o atentado foi promovido pelos americanos, por que? Para terem justificativa de invadir o Iraque e assim se apossar do petróleo e estabelecer uma área de influência no coração do Oriente Médio. A questão é: Os Estados Unidos armaram tudo e jogaram a culpa numa pessoa que seria de aceitação culpada perante o resto do mundo (Osama) ?Ou novamente financiaram Osama Bin Laden( haviam financiado guerrilheiros comandados por Bin Laden contra a União Soviética), só que desta vez ele deveria cometer um atentado contra o próprio financiador, sendo que depois do atentado ele está sobre proteção americana, por isso nunca o acharão.


Há o caso Al Gore (Albert Arnold Gore Junior). Ex- vice presidente dos Estados Unidos da América, em 2007 ganhou um Oscar de melhor documentário por "An inconvenient Truth"( Uma verdade Inconveniente) e no mesmo ano ganhou o prêmio Nobel da paz "pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações". Porém, porque, quando ele estava no poder governamental norte-americano(ele foi vice, mesmo assim isso é de grande representação), ele juntamente com Bill Clinton, não "ergueu a bandeira" para que fosse assinado o Tratado de Kyoto. Ele não será candidato a nada nessas eleições, porém por tudo o que fez, por toda mídia que fez, futuramente será candidato a presidência dos Estados Unidos e ganhará.


Conspirações e mais conspirações, ninguém sabe ao certo o que ocorre no mundo. Grande parte dessas coisas que ocorrem: ou não se sabe ou tem a realidade modificada ,virando artigo confidencial. Mas há um porém. Sempre adotar a visão conspiradora também pode ser um determinismo de uma verdade quase absoluta. Não podemos nos prender à nada, o certo é coletar dados e formular nossas próprias verdades, buscar nossas verdades. Viva"O Contato"! Salve Carl Sagan! Salve a capacidade de criar, imaginar e buscar do ser humano!.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Muito obrigado

Eu, em nome de todos que colaboramos com o blog veracidade difusa, agradeço as mais de mil visitas que o blog conseguiu ter. Este é um número bastante expressivo para nós, não imaginávamos chegar em mil visitas na velocidade em que chegamos. Isto nos faz pensar que você amigo leitor ou amiga leitora, está gostando das histórias que postamos, ou está achando um monte de merda, mas mesmo assim continua nos visitando. O fato é que continuaremos dando o melhor que nossa criatividade e imaginação fértil, ousada, estranha, interessante, putrefacta, imbecil,sábia, legal,..., poder dar. Muito obrigado.

sábado, 20 de outubro de 2007

Jogo Difícil


Sou um cara viciado em vídeo-game. Já zerei muitos jogos nas dificuldades mais difíceis, no entanto, da forma mais fácil possível. Sempre quando eu morria, podia recomeçar. Nada mais era um desafio. Até que veio esse jogo novo.

Comecei a jogá-lo depois que cheguei em certa idade, porque somente assim é permitido. Esse, ao contrário dos muitos jogos que estava acostumado a vencer, não tem uma segunda chance. Se erro, sou obrigado a conviver com as conseqüências, se acerto, é bom, mas não o bastante.

O prêmio para os bons jogadores é a marca que lhes são permitidos deixar quando dá “game-over”. Eles são lembrados pelas gerações presente e futura pelo jeito que jogaram, fazendo, inclusive, muitos adeptos ao seu estilo. Para os que jogam mal, cair no esquecimento é o prêmio de consolação.

Eu não jogo tão bem assim, meus erros e acertos são inconstantes. Apesar disso, vou jogando até acertar, mesmo que faça uma seqüência de erros, desistir está fora de cogitação. Quem sabe no fim eu seja lembrado como um bom jogador, mas se não for... Ficarei triste, porque meu esforço não foi reconhecido.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Treinamento de Segunda Pessoa ou Espero Ter Feito Tudo Certo


Deverias por um fim nesta tua indeterminada vida na primeira ocasião em que passou pela tua cabeça. Havias escrito este juramento unilateral em bilhetes de amor, palavras nem necessárias nem românticas, para impressionar quem não poderia ser. Mas tu insistias em vida de amor platônico. O caso não chegou perto de ser divertido, ficavas confuso e isso não te motivavas a ser direto. Era puro mau gosto, a menina não tinha nada para chamar tua atenção, olhastes para ela com mais destreza, viste o que qualquer um poderia e julgaste: amor!

– Até que ela é bonita... – desta me lembro, foi o que tu pensaste descascando-a com teus olhos quando ela dava ordem sobre o vosso trabalho na escola. Hah! Babaca! Odeio crescer, prefiro a mediocridade de um adolescente desinteressado a essa incerteza sobre minha inteligência. Lembras e escreves como era feliz neste tempo, talvez assim possa ao menos saber ao certo se és o que és. Tu tomas cuidado, olhar não mata, mas atente-se ao que vem dessa visão.

Os bilhetes foram seguidos de desvio e silencio; havias conseguido, ela te odiava por causa de teu amor infantil; ela queria crescer e tu eras feio demais. Guardo este trauma até hoje. Viraste então parte de um movimento que ninguém nem tu conhecias, aprendeste a ser sensível, não, aprendeste a parecer sensível. Chorava para ela, a cada desvio de olhar, a cada mensagem escondida que ela te mandava na conversa em voz alta com as amigas.

- Espero um cavaleiro em montaria branca, mas até agora só chegou estrume. – hilário. Teus amigos nada sabiam, nem poderiam ajudar, não sabias o que sentia, ninguém poderia, só ela que te fazia sentir para ver se você reagia. Ai de mim agora se tu tivestes reagido, eu estaria feito, a terias em mãos, era o que ela procurava, alguém forte de verdade e não tu: eras gigante, mas te escondias atrás daqueles minúsculos bilhetes, e isto mostrava que não estavas pronto para ser o par dela.

Deu no que deu, apenas quatro anos depois ela falou novamente contigo, durante uma discussão sobre um simulado, tu não ligavas mais para ela, nem ela para ti. Mesmo assim não cresceras e ainda estragastes outro amor possível.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Só mais um


Paranóia. Pedro estava cansado de processos e processos e processos. Nada mais fazia sentido em sua vida. Paranóia. Nem as músicas dos Beatles que o relaxaram e o acompanharam durante toda sua vida surtiam efeito. Paranóia. Já não sabia se escutava o Revolver, ou o Let It Be. Todas as músicas eram iguais. Todos os Johns cantavam o mesmo refrão, e todos os Ringos tocavam a mesma batida. Paranóia. Ninguém mais era John, ninguém mais era Ringo. Ou seria Paul o baterista? Paranóia. Suas unhas arrancadas quando arranhava o chão, numa vã tentativa de desenterrá-la, já nem nasciam mais. O sangue que derramava era tão vemelho quanto o céu da noite em que os vampiros de seu pesadelo invadiram realmente o seu quarto. Ou teria ele sido sugado para uma outra dimensão? Paranóia, paranóia. Dia era noite, noite era dia, e tudo o que ele se lembrava era de ter esmurrado o último que tinha tentado entrar no apartamento, aquele que um dia fora seu primo, mas hoje ele não sabia mais quem eram seus parentes. Chegou o dia em que tudo voltará a fazer sentido. Pelo menos ele não seria tão estúpido ao ponto de não conseguir de novo, após seis tentativas frustradas. Sete é um número sugestivo. Sete voltas em torno do pescoço. Sete soluços antes do último pulo. Paranóia, paranóia. Sete segundos de dor. Sete segundos de agonia. Sete espasmos e um só derrotado. Só mais um para as estatísticas. Só mais um epitáfio de pais paranóicos.

sábado, 13 de outubro de 2007

Vaidade



Sabe, decidi contar essa história porque... porque... a título de informação. Eu tinha um tio chamado Evandro da Silva. Ele se deu bem na vida quando ganhou na megasena. Morreu. Como era viúvo, todos os seus bens foram deixados para meu primo, Max Flamboyant.


O Flamboyant é uma peça única. Nunca conheci alguém igual a ele. Ele é um cara muito bonito, estilo ator holywoodiano. Para cuidar da beleza ele gastava uma nota em loções, cremes, colônias, shampoos, condicionadores, produtos de higiene pessoal em geral. Era realmente uma grana preta. Um banho do Max era a junção de banho de noiva e de noivo. Ele dizia que único apelido que aceitava era "Deus". É, eu sei que a convivência com o Flamoyant é difícil. Quando nós íamos a uma festa, ele demorava anos para se arrumar. Quando acabava de se arumar, estava com uma roupa mega cara, não esquecendo das luvas (ele só andava de luvas para proteger as mãos).


Agora imagine a situação: um cara bonito, bem vestido e rico numa boite. As mulheres ficavam de olho nele, só que ele dava o fora em todas. Ele dizia que nenhuma pessoa era digna dele, nenhuma pessoa era digna da beleza dele. Certa vez eu brinquei, perguntei o que ele faria se um dia queimasse o rosto. Ele se ajoelhou, me fez ajoelhar também, e começou a orar um Pai Nosso. Quando acabou de orar pediu para Deus me perdoar e me disse para nunca mais falar uma besteira como aquela.


O Flamboyant não está mais morando no Brasil, está morado em Milão, com seu namorado, Eros Zában. O Flamboyant achou o par perfeito para ele. Como era podre de rico, madou fazer um clone dele e batizou o clone de Eros Zában. É... o Flamboyant não é mais tão único quanto era antes, mas continua sendo vaidoso.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Inveja



Ela era minha namorada. Muito bonita, eu sei. Eu a amava muito. Inúmeras vezes eu fiz declarações de amor. Aí veio aquele playboyzinho metido a foda, e a roubou de mim.


Eu estava muito puto. Minha explicação para tudo era a Hillux dele. Sim, ela era interesseira, como eu não havia percebido isso antes! Não, não... a culpa não é dela, a culpa é do playboy que mudou a cabeça dela. Inúmeras vezes espalhei na faculdade boatos sobre ele, a maioria inventava, o resto aumentava o que realmente havia acontecido. Como eu odeio aquele filho da puta! Como eu tenho inveja dele!.


Eis que um dia ele foi fazer um pega, mas não foi na sua Hillux, foi num carro de menor porte. Ele ganhou o pega, mas acabou morrendo. Ela também estava no carro, e também morreu. Realmente ele é um cara sortudo, morreu do lado dela e o túmulo fica perto do túmulo dela. Era eu quem deveria estar no lugar dele e não nesta merda de sanatório. Como eu odeio aquele filho da puta! Como eu tenho inveja dele!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Preguiça



Acordou. Espreguiçou. Bocejou. Ainda deitado, foi tateando pela cama, procurando o objeto de sua momentânea necessidade, o controle da televisão. Não achou. Se sentou. Procurou o controle da televisão embaixo do lençol e embaixo dele. Não localizou. Reuniu todas as forças para contorcer- se um pouco e vê se o controle estava embaixo da cama. Não estava. Ele podia se levantar e ir à caminho da televisão para apertar o botão que liga, porém a fadiga, a preguiça o impediu. Eis que teve a brilhante idéia! Voltar a dormir iria, afinal de contas, a raposa aquela uva não queria. Dormiu. E o ciclo recomeça.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ira



Olá. Hum... por onde começar? Dããn! Pelo começo, é claro! Tudo começou quando decidi fazer um curso intensivo de inglês. O curso seria toda manhã, durante um mês, de segunda a sábado. No primeiro dia de aula fui o último a chegar na sala( para falar a verdade o professor sempre era o último). Fui o último aluno a chegar na sala( assim está melhor, não está?). Entrei, dei um bom dia a todos, e eles ficaram calados. Sabe, sempre fui um cara educado, me sentia bem desejando um bom dia para alguém, e me sentia melhor ainda quando desejavam um bom dia para mim.


Durante nove dias eu sempre era o último aluno a chegar na sala, sempre desejava um bom dia, e os outros alunos ficavam calados. No décimo dia não foi diferente, porém houve uma quebra de paradigma, eu não era mais o último aluno a chegar na sala. Dois minutos depois de eu chegar entra na sala nada mais nada menos que o segundo maior empresário do estado. Ele deseja bom dia a todos, eu respondi bom dia, e para minha surpresa todos os outros responderam bom dia também. Não posso negar que o sangue ferveu nessa hora, fiquei muito puto, mas não seria aquela hora a melhor para falar o que eu sentia. Os alunos tratavam o empresário como rei: "você já tem grupo? ;Olha tem um trabalho para entregar hoje, nós iremos colocar o seu nome; senta aqui do meu lado que eu te exolico o que você perdeu;...". Eu olhei para aquela situação e pensei:" porra, é verdade o que dizem, quem pode pode, quem não pode se sacode". Tudo bem, o empresário não tem culpa, mas os outros sim, o deles virão.


No outro dia eu entro na sala com um sorriso de um canto a outro na cara. Me direciono para o centro da sala, olhei para todos e disse:

- Vão tudo se foder seu bando de filhos duma puta, puxa-saco.

Nessa hora o bicho pegou. Todo mundo começou a me xingar, e eu xingava todo mundo. Teve dois caras que partiram pra cima de mim, com o intuito de me encher de porrada. Eu reagi. Saiu soco pra tudo quanto foi lado. Tiveram que apartar a briga. Quando tudo acabou e todos estavam mais calmos o empresário chega, e logo depois o professor. Depois desse fato foi o maior sacrifício para eu encontrar um grupo para fazer trabalhos. Fiquei taxado de idiota, de brabo. Porém aquilo me fez tão bem, pra falar a verdade eu gostei do que fiz, não me arrependo. Se você não concordou com o que eu fiz, quer saber de uma coisa? Foda-se.


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Avareza


Saí da faculdade. Chego em casa. Entro no meu quarto. Em cima da cama há uma caneta e ao lado da caneta há um bilhete. Neste estava escrito:" esta é uma caneta mágica. Basta escrever numa folha de papel o que você quiser e então seu desejo se realizará". Não tinha remetente.
Comecei a rir muito, mas meu subconsciente dizia: ' vai lá, escreve no seu caderno o que você quiser, você não tem nada a perder". Me certifiquei que não havia ninguém no quarto e que não havia alguma câmera escondida.
Peguei a caneta e escrevi:" eu quero uma televisão de plasma de 29' ". Para meu espanto e felicidade, apareceu do nada o que eu havia pedido. Fiquei boquiaberto. Não quis nem saber quem havia me mandado a caneta, eu ia era aproveitar. " eu quero uma mansão, com direito a piscina, quadra de tênis e quadra poliesportiva; eu quero me isentar de pagar o IPTU dessa casa; eu quero uma ferrari, igual aquelas que aparecem em filmes; eu quero me isentar de pagar o IPVA dessa ferrari; eu quero muito dinheiro, muito dinheiro mesmo, quero ser o homem mais rico do mundo; eu quero um bando de mulheres gostosas; eu quero um caminhão de sorvete; ..." tudo só pra mim, tudo meu.
Foram tantos EU QUERO, que quando me satisfiz fui me lembrar de questões como o fim de guerras, cura de doenças, o fim da fome, amar o próximo, fui me lembrar das outras pessoas. Peguei a caneta e iria pedir algo por todos no mundo. Por um grande infortúnio, a tinta da caneta havia acabado. Sabe, me senti muito mal, tive oportunidade de fazer a diferença, de contribuir para um mundo melhor e não fiz. O que eu pedi foram coisas só pra mim. Hoje percebo que não estou totalmente satisfeito com as coisas que pedi, podia ter pedido coisas melhores. Para me redimir estou doando todo o dinheiro que ganhei, estou doando tudo. Mas bem que eu podia ter feito algo melhor pelo mundo... bem que eu podia.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Gula



Chegando na pizzaria ele perguntou quanto custava o rodízio de pizzas- R$ 15,90- respondeu o garçom. O homem pensou um pouco e concordou em pagar o valor.

Comeu a primera fatia, depois outra, e outra, mais outra, afinal de contas ele estava pagando e tinha direitos. Quando estava na sexta fatia pediu uma coca-cola de dois litros, e continuou a comer. Quando acabou de comer a décima fatia, começou a passar mal, estava com ânsia de vômito e acabou vomitando no chão. As pessoas que estavam nas mesas próximas se afastaram, o pessoal responsável pela limpeza limpou o chão e o gerente perguntou se o homem estava melhor e se ele queria pagar a conta naquele momento. - Não- disse o homem nem um pouco envergonhado depois de ter vomitado na frente de várias pessoas- tô pagando, tenho direitos, vou continuar comendo. O homem pediu outra coca-cola e voltou a comer. Comeu doze pedaços de pizza. Seu estômago estava cheio de comida. Levantou a camisa e deixou a barriga exposta. Estava com traquicardia, pediu para que trouxessem um lenço umidecido com álcool, para ajudar na respiração. Depois de dez minutos, respirando melhor, voltou a comer. Comeu quinze fatias de pizza, depois disso caiu no chão, morto de tanto comer.

Ao chegar nos portões celestiais, São Pedro perguntou a causa da morte do homem. Ele disse:
- Para falar a verdade, eu não sei ao certo. Eu estava comendo numa pizzaria, tranqüilo, havia pago, tinha todos os direitos, então de repente eu morri. Não sei qual a causa, mas acho que fui envenenado.

domingo, 7 de outubro de 2007

Luxúria

- Não senhor, ela não era gorda- respondi para o homem - Margarida era de família classe média-alta. Muito bonita e com belo corpo. Sempre tirava boas notas e tinha potencial intelectual. Conheceu o sexo, e contrariando a tudo e a todos, resolveu aliar negócios com prazeres, tornou-se prostitua da luxo. Sua agenda era lotada, fazia sexo todos os dias, de manhã, de tarde, noite e madrugada, e seu preço era caríssimo. Nos raros momentos sem sexo, ela se masturbava com o dedo ou com o primeiro objeto roliço que visse. Da prostituição comprou apartamento em área nobre, carro novo e ainda sobrou uma boa grana. Quando completou cinqüenta anos ela era uma coroa recauchutada, mas quando chegou aos cinqüenta e cinco, não dava mais para continuar no ramo, porém continuou com sede de sexo. Antes os homens a procurava para transarem, agora ela era quem procurava alguém para transar. Morreu com oitenta e dois anos. Gastou dois terços de sua vida transando. Acho que agora você já sabe o porquê do caixão largo.

sábado, 6 de outubro de 2007

Os terríveis apagadores de velhinha alheia



"Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!!!! é big, é big, é big, é big, é big, rá-tim-bum, ______!!!!Ehhhhhh."


Sabe, é algo meu, que me irrita muito, me incomoda: é quando o pirralho que tá do lado do aniversariante assopra a vela primeiro, ahhh eu fico muito puto. Se for aniversário de bebê, tudo bem, agora se não for... porra, o aniversário não é dele, vai ver o aniversariante esperou um longo ano para que quando chegasse na hora de assoprar a vela, ele assoprasse. Não posso chamar de trauma pois sempre me precavia, me adiantava em assoprar minhas velinhas (não tive muitos aniversários, sninf ), senão aparecia um oportunista e as assoprava. Eu acho que neste momento está presente parte do caráter de uma pessoa, que sem querer mostra como ela é ou será. "Não assoprais a velinha do próximo". Eu não tive muitos aniversários, mas nem por isso eu saí por aí assoprando as velinhas dos outros. A criança faz todo o preparo, imagina o que quer, faz o pedido no seu coraçãozinho e quando vai assoprar, não apaga as velas. Lá se foi o desejo, lá se foram as velas. É, não sei explicar muito bem o porquê de eu ficar irritado, acho que isso é caso pra psicólogo. Mas a consulta deve ser cara.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Desempregado desesperado.


Sem esperança. Essa é a palavra que escolheria se lhe perguntassem qual a melhor definição dos seus últimos dias. Isacky estava desiludido com a vida. Não bebia, não comia e nem mais transava com a esposa.

O começo de seu fim teve inicio há quatro dias quando perdeu o emprego. O motivo disso? Foi pego cheirando cocaína na mesa do trabalho. O chefe disse que não queria viciados na empresa, seria um mal exemplo para os outros. Estava tudo acabado.

Para piorar a situação, Isacky não tinha terminado o ensino fundamental, pois sempre preferiu jogar bola com os amigos ao invés de estudar. Ele achava que a escola era para burros. Que ironia, nesse exato momento ele desejava ser um daqueles burros com diploma. – Puta que pariu, to ferrado! Tenho oito filhos e minha mulher ainda ta grávida! Se não conseguir trabalho vamos passar fome. Me ajuda Deus! – Eram coisas como essa que ele pensava. O último emprego havia conseguido por causa de um conhecido, pura sorte. Achar outra boca de fumo que o aceitassem como empregado seria difícil.

Ops!!!


Eu tava muito puto da vida. Sentei no banco. Precisava falar com alguém, desabafar o que sentia. Havia uma pessoa no meu lado. Era pra ela mesmo que eu ia desabafar.
- Você conhece o Wenderson? Um branquelo alto, que se acha?
- Sim eu conheço, ele...
- Ele é um tremendo filho da puta!!! Aquele traíra, fofoqueiro, fica ferrando as pessoas por aí, fica falando merda. Deve ter aprendido ou com a puta da mãe ou com o corno manso do pai, famíla de um bando de gente que não presta. Você parece ser um cara legal,toma cuidado com ele, ele é um baita filho da puta. Falow, tô indo, meu carro chegou. Desculpa aí por ter te usado pra desabafar o que eu sentia, mas tudo o que eu disse é verdade. Te achei um cara legal, até por aí.
- Ei!!! o Wenderson é meu irmão!!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

As melhores postagens

Bom, eu e o Alan fizemos uma seleção dos melhores posts do blog. Se vocês notarem, o Alan não tem muitas postagens nos "melhores", pois ele entrou pro blog esses dias. Enfim, esperamos que vocês gostem, são muito boas.

Aproveito a oportunidade também para agradecer a todos que visitam o blog, vocês não sabem o quanto gostamos. Muito obrigado.

Em breve mais novidades.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Não faça isso, meu filho!


São muito bizarras as coisas que os adultos falam para as crianças. Quem nunca ouviu frases como: “Viu só? Ta trovoando porque Papai do céu ta brigando contigo” ou quando aquele garoto curioso é pego mexendo nas coisas da irmã a mãe diz: “Não mexe nisso senão seu pinto vai cair!”. Têm também aquelas extremas que as mães usam muito: “Se você fizer isso eu vou morrer”. Tudo isso para desencorajar o filho de fazer alguma pilantragem.

Por outro lado, dizer coisas assim é bem mais fácil do que contar a verdade a quem “não entende nada”. Já pensou como seria no segundo exemplo se a mãe dissesse o que realmente ela estava pensando? “Filho, não mexe nas coisas da sua irmã porque tenho medo que você goste e vire um homossexual (nada contra quem é).” O terror psicológico nessa e em outras situações é realmente mais eficaz.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Meu doce assassino



- Já chegou amor?

- Já. Hoje o dia foi difícil. Matei só duas pessoas.

- Você sabe que eu não gosto de saber disso.

- É... mas tá explicado o porquê de eu ter chegado cedo.

- É, tem razão. Me desculpa?

- Tudo bem, isso é besteira.

- Fiz suco de acerola. Tá na geladeira. Tô preparando um lanche.

- Hum... legal!

- Sabe, eu estava pensando... é meio estranho, sabe, tipo, eu me casei primeiro com um desgraçado de um advogado que me espancava todo dia. Depois me casei com um filho da puta de um médico que me jogou do segundo andar. Casei com um advogado e com um médico e só fui maltratada, tratada como bicho. Só vim conhecer o que era o amor quando casei com você, um assassino.

- Advogado e médico também cagam, também são gente, não são superior a ninguém. Não me chama de assassino, não gosto, você sabe.

- Tudo bem. Mas não deixa de ser estranho. Você me ama, me compreende, ouve o que eu tenho de falar e você não é falso, você é você.

- Valeu, você também é muito especial para mim, obrigado por existir, obrigado por gostar de mim. Ah! Tenho que queimar minhas luvas e minha roupa. Tô indo lá pro quintal.

- Aiai, eu gosto tanto dele. Obrigada Deus, por ter colocado esse anjo no meu caminho.

Amiga(o) "Feia(o)"


Falarei aqui sobre uma coisa que todos os homens sabem e, apesar de nós não gostarmos disso, é algo que somos obrigados a passar na vida, infelizmente.

Quantos de nós já não fomos apaixonados por aquela garota, mulher, que é demasiadamente, exageradamente, muito, linda e, ao mesmo tempo, legal? Essas são do tipo raro e existem muitos obstáculos para conquistá-la. Um muito ruim, sem dúvida nenhuma, é a “amiga feia”. Não digo que ela é feia considerando unicamente seus dotes físicos, mas digo isso sendo ela uma verdadeira mala. É aquela típica bruxa que anda de mãos dadas com a princesinha.

Uma das coisas que ela vive fazendo, por exemplo, é dar os piores conselhos que se pode imaginar sobre um cara de bem. Inventam defeitos que não existem e algumas vezes elas distorcem a realidade de tal forma, que o faz parecer uma obra de Picasso. (nada contra ele, mas particularmente não gostaria de me parecer em nada com as personagens de seus quadros.). É uma verdadeira sacanagem.

Se apesar de todas as dificuldades ainda assim o cara consegue conquistar a princesinha, a bruxa usa seus truques sujos para afastá-lo! Um muito usado, por exemplo, é acompanhá-la em momentos que você quer ficar sozinho com ela, tornando-se verdadeiras “velas”. Para as “feias”, nada mais é do que um divertido jogo de gato e rato.

Já tentei entender o que se passa na cabeça delas. Uma possível explicação é que elas são umas encalhadas, não por serem feias (muitas delas são bonitas), mas por serem chatas, principalmente isso, então, quando vêem que a única pessoa que as da moral está namorando, elas se valem de táticas sujas e antiéticas, tudo isso para não acabarem velhas e sozinhas, rodeada de gatos, sentadas numa cadeira de balanço jogando cartas.

P.S: As mulheres também passam por isso, por isso o título ser escrito daquela forma. ^ ^

domingo, 30 de setembro de 2007

Você acredita em vida após a internet?


Dez horas da noite. Amanhã tenho prova de recuperação. Entro na internet para desopilar. Primeiro vou ver meu orkut, Hum... tem sraps! Vou responde-los, mas antes vou abrir o msn. Primeiro eu entro off, para ver quem está online, depois fico on. Pronto! Respondi os recados.

Ei! Que menina linda essa amiga do Charllys. Vou dar uma espiada no orkut dela. Droga, era pura maquiagem, se produziu pra foto. É, eu sei que vai estar difícil a prova de amanhã, respondo no msn pro Tanderson. Caraca véio! Uma da manhã!!! Agora vou dormir. Peraê, peraê, peraê! Essa menina aqui é bonita. Vou ver orkut dela. Que legal, não é maquiagem, ela é bonita mesmo (gosto de ver fotos de meninas bonitas). Pronto, desliguei o computador, vou dormir.

Balanço de um lado pro outro na cama. Olho o relógio do meu celular, são duas da matina. Tenho uma idéia! Vou entrar na internet. Abro o orkut, apenas duas pessoas no msn. Converso com uma, enquanto espero mais pessoas entrarem. Já sei! Vou mandar um scrap pra Júlia e outro pro Juan, pra saber como eles vão. Pô cara! Olha quem entrou no msn! O Tinho Jr., faz um tempão que eu não falo com ele! Começo a falar, quer dizer, teclar, digitar. Sexto sentido de mãe é foda. Ela entra no quarto e diz:
- Menino, desliga logo isso aí, amanhã você tem que acordar cedo, tem prova!

Deito na cama pra tentar dormir. Eram três da manhã. Mas, pô, o Tinho Jr. tava no msn, aquele bagunceiro engraçado, meu amigão. Ah, não! É raro eu vê-lo no msn, e além do mais ele não mora mais no estado. Voltei pra internet. Conversei com o Tinho Jr. até as cinco e meia da manhã. Fui dormir. PAN-PAN-PAN-PAN-PAN, PAN-PAN-PAN!!! O despertador toca, Seis e meia, tenho que me arrumar para a prova de recuperação.

Sabe, eu me ferrei legal na prova, mas pra essa história toda não ser desperdiçada, resolvi entrar na internet e colocar no blog.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Lá estava o velhinho


Lá estava ele, 99 anos de idade, no dia seguinte fará 100 anos. Lá estava ele, que começou a estudar na Escolinha Patinho Feio. Lá estava ele, que namorou na adolescência com a menina mais popular da escola. Lá estava ele, outrora campeão nacional de judô. Lá estava ele, que chegou a ser o prefeito da cidade, graças a sua fama de campeão. Ele construiu a praça onde estava, inclusive o banquinho onde estava sentado. Lá estava ele, que casou com a filha do homem mais rico da cidade. Lá estava ele, que traiu a esposa e diforciou. Lá estava ele, que arriscou tudo o que tinha num negócio. Lá estava ele, que havia falido. Ele sentado no banco e o banco embaixo dele. Ah! Lá estava ele, caído no chão, morto, cuja causa foi a parada do coração. E lá estavam as pessoas, curiosas, querendo saber quem era ele.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Gato Borralheiro


Bom dia/tarde/noite. Meu nome é Jorge. Estou cursando direito, faço o terceiro semestre do curso. Confesso que sou um cara desleixado com minha aparência. Não pentio o cabelo, minha barba é grande, não uso perfume e minhas roupas são verdadeiros trapos( sim, tenho condições para comprar uma roupinha melhor, mas amo meus trapos).

Num belo dia, mais especificamente numa sexta-feira, decidi mudar de aparência por três motivos: ver como ficava, ser elogiado e, principalmente, chamar a atenção de Carol(Ah!... doce Carol, não sabe ela o amor que sinto). Carol é a menina mais bonita da sala, e o sonho de todos os garotos da sala é encostar os lábios nos lábios dela e depois chupar a língua dela(Ah!... que doce língua). Porém esqueci de dizer para você leitor que eu nunca havia falado com ela.

Fiz a barba, penteei o cabelo, comprei camisa, calça e tênis de marca(como são caros), passei o perfume Paco Rabane do namorado da minha irmã, não esquecendo do desodorante de fragância super agradável. Fiquei bonito pra porra, de verdade.

Chego na faculdade, porém no pátio não há ninguém de minha turma. Decido subir as escadas e ir até minha sala, então... lá estava ela, Carol, do lado de fora da sala, escorada na porta. É aí que ela percebe minha presença, me vê produzido e caminha na minha direção, com um olhar fixante. Imagino mil coisas: "ela vai falar que eu estou bonito e me chamar pra tomar uma coca, daí eu vou ter a chance de começar um relacionamento com ela; ela vai sorrir pra mim e dar uma piscada; ela vai chegar me beijando;...". Meu coração dispara. Ela para a dois passos de mim. Lentamente abre a boca. Diz:
- É... Jorge, não é? Vai ter apresentação hoje?

obs: esta é uma ficção literária, qualquer semelhança vivida com a história ou trecho da história será mera coincidência.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

As mesmas coisas tolas


Será que existe mesmo um futuro? Pra mim, vivemos num constante passado. Não importa o quanto tenhamos aprendido, sempre cometeremos os mesmos erros. Confiamos nos inconfiaveis (estes mudam o nome, não seus atos), permanecemos na mesma porcaria de rotina que vem nos estagnando dias, semanas, e até, quem sabe, anos.

Quando tentamos fazer algo diferente, sempre aparecem aqueles “críticos” que nada entendem, os mesmos narcisistas que só se preocupam consigo mesmo, parece que vivem em função da desgraça alheia. Mas estes são fáceis de lidar, dane-se a opinião deles.

Fazer o que queremos é difícil, sempre acontece algo ou inventamos algum tipo de desculpa. Somos atraídos pela preguiça e apaixonados pela própria falta de atitude. Depois olhamos o relógio e nos arrependemos, fazemos juramentos de que amanhã será um novo dia, o dia da libertação, mas no fim é o mesmo filme, mesma história, mesmos atores e mesma platéia.

sábado, 8 de setembro de 2007

A Arte do Ócio


Tem um esporte que eu acho muito interessante. Ele não apareceu nas olimpíadas do Rio de Janeiro e nem possui campeonatos, mas é praticado pela maioria da população de maneira informal, eu o chamo de “a arte do ócio”.

Historicamente, o ócio era uma prática grega somente feita pelos considerados cidadãos gregos. Eles se ocupavam em desenvolver o intelecto, pois a base da economia nessa época advinha do trabalho escravo.

Hoje em dia, nós o praticamos quando deixamos de fazer certas coisas importantes para nada fazer. Um belo exemplo disso foi hoje, quando fui comprar um hambúrguer numa lanchonete do lado de minha morada. Eu observei que o garçom era muito preguiçoso, ficava sentado assistindo televisão, com os pés acomodados em uma cadeira a sua frente. Enquanto isso, uma mulher que tinha acabado de comer pedia a conta.

Devo ressaltar que ela é profissional nesse esporte, porque estava dentro de seu veículo e ficou a buzinar desesperadamente, clamando por atenção. Quando não, ela levantava a cestinha que a lanchonete lhe serviu junto com o pedido, esticando-a com o braço, na esperança de que algum funcionário a visse. O garçom estava entretido demais com a novela para perceber o desespero em seus olhos, ela nem ao menos falava, parecia que estava a ponto de chorar, tal qual um recém-nascido quando não encontra os peitos de sua mãe para suprir a necessidade de leite materno.

Enfim, depois de longos vinte minutos, ela finalmente foi atendida. O que mais me intrigou nisso tudo foi o fato do carro estar estacionado a menos de três metros da lanchonete.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Paguem minha fiança!


Sejamos sinceros, quantos de nós não temos vontade de esmurrar aquele cara chato, o professor mal-humorado ou quem sabe até aquele pilantra que nunca nos pagou aquela pequena, ou grande, quantia em dinheiro que emprestamos? A meu ver, ninguém enriquece perdendo dinheiro. Mas o caso não é este. Bater em pessoas indesejáveis é o menor dos desejos que um cara comum tem hoje em dia.

Não temos liberdade. Sim, parece uma bofetada na cara de algumas pessoas, mas temos de encarar os fatos, somos escravos dos bons costumes, do cara que é bem mais forte que nós ou dos nossos chefes de trabalho. Nunca agimos da maneira que pensamos, ou porque temos medo do que os outros vão pensar, ou porque, simplesmente, somos obrigados a aceitar a realidade, além, é claro, de outros vários porquês.

Não estou defendendo nenhum ideal de revolta anarquista ou algum de tipo de volta ao estado de natureza, onde, segundo Thomas Hobbes, o homem vivia em estado de guerra. Pelo contrário, sou a favor das normas que a sociedade nos impõe (não exatamente todas) para que não libertemos completamente nossos instintos mais primitivos e selvagens, porque acredito que sem elas o mundo seria um caos ao cubo e, possivelmente, estaríamos roubando e matando o próximo.

Mas critico sim nossa falta de revolta. Ficamos literalmente congelados quando algo de injusto acontece ao nosso redor, pelo menos a maioria de nós. Acostumamos-nos a levar as “porradas” do dia-a-dia, a “comer os sapos” de cada manhã e esperar por algum milagre que mude nossa infeliz rotina.

Sinceramente, acredito que pessoas que usam da frase “o mundo é dos espertos”, e fazem dela um tipo de justificativa para serem desonestos deveriam ser enjauladas, pois é na falta de atitude ou conhecimento dos outros que estas mesmas se tornam reis, que nem mesmo milhares de revoluções francesas seriam capazes de destroná-las.

Termino este escrito com a frase do revolucionário mexicano Emiliano Zappata que diz:
“Prefiro morrer em pé a viver de joelhos”

Dica de filme

e
Oldboy é um daqueles poucos filmes que se assiste e fica-se refletindo por alguns momentos.

Verdadeira obra-prima, vale a pena assistir.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ditadores em Massa


Todas as pessoas têm um pouco de ditador em seu interior, apesar de que em algumas isso se equipara a grãos de areia. É verdade. Mesmo que não notemos, estamos querendo que nossas opiniões se sobreponham as dos outros, principalmente se estes últimos forem considerados mais fracos ou mais “burros” por nós. No entanto, não são raras as vezes que nos passamos por hipócritas. Um belo exemplo disso é quando nossos ídolos fazem coisas que, num passado não muito distante, repudiávamos, depois, pelo simples motivo de eles fazerem, criamos certa afinidade por aquela idéia antes desvalorizada pela nossa falta de visão, ou, quem sabe, uma súbita alienação.

Não confundamos o exemplo anterior como um argumento que defenda a falta de liberdade em mudar de opinião, pois todo mundo muda, isso é natural quando evoluímos ou regredimos psicologicamente. Mas sim uma critica ferrenha a esses falsos críticos, que acham saber de tudo e todos sem antes conhecer a fundo sobre o que se está dizendo e ainda esperam que todos compartilhem de sua visão.

Quantas vezes nossas idéias foram descartadas por aquele adulto teimoso e limitado, só porque ainda estávamos no ensino fundamental ou tínhamos um pouco menos de idade que ele, e depois rimos muito porque o ignorante se deu mal? Quantas vezes não deixamos de ouvir o outro por pensarmos que uma nota de prova resume toda a capacidade intelectual dele, e quando menos percebemos tudo estava certo? Uma coisa que não pode ser ignorada é a diversidade de opiniões, mesmo que não as aceitemos precisamos ter um certo respeito pelo que os outros pensam.

Critiquemos sim, mas antes tenhamos certeza do que falamos, analisemos as possibilidades e depois demos o nosso aval. Ninguém é dono da verdade, está é a verdade. (Muito ditador, não acha?)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Loucuras de jovens sonhadores


Eram exatamente sete da manhã quando Alice acordou. Garota branca, estatura média, loira de cabelos encaracolados, tinha corpo e rosto atraentes. Pensamentos ainda desconexos por ter acordado recentemente. As imagens do sonho que teve rondavam sua mente, no entanto, não lembrava muito bem sobre o que era. Algo haver com um coelho correndo desesperadamente pela floresta segurando um relógio, uma rainha que não aceitava ser contrariada, desaniversários celebrados com chá e um gato colorido. Não sabia bem o porquê, mas não gostava muito desse último personagem. - Ah, deixa pra lá. – Pensou enquanto tomava o rumo do banheiro. Tomar um banho quente era a prioridade do dia.
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Lá estava ele, de frente para a janela do apartamento dela. Não perderia por nada desse mundo a chance que teria. Estava no mesmo lugar havia três horas e nenhum sinal dela. – Droga, com certeza já deve ter saído. Se ao menos eu tivesse acordado mais cedo, talvez ainda consegueria... – Interrompeu seus pensamentos para olhar o relógio. Sete e dez e nenhum sinal da moça.
Kliker estava começando a ficar preocupado, mas logo se acalmou quando ouviu barulho de música alta vindo do local que é o quarto dela. Era estranho ele se preocupar em acordar cedo, pois não conseguiu dormir na noite passada.

Kliker era um adolescente de estatura alta – aproximadamente 1,80 de altura – cabelos lisos e grisalhos, rapaz branco. Era um bom rapaz, mas às vezes era mau também (assim como qualquer outra pessoa). Gostava de sair à noite com os amigos, e entre cigarros e bebidas jogava um pouco de conversa fora. Era relativamente feliz, tinha uma vida estável, pais legais, etc. Mas faltava algo para preencher a lacuna que havia em seus sorrisos. Faltava Alice, e era ela quem furtara seu sono. Quando tinha-lhe feito o convite de levá-la para a faculdade, nunca imaginou que ela pudesse aceitar. Mas mesmo assim o fez. Não sabe ao certo se ficou com medo ou coisa parecida. No final, tomou coragem e fez a pergunta. Os segundos entre a indagação e a resposta pareciam intermináveis anos. – Levaste meu sono e nem tens idéia disso. – Pensou. Era a primeira garota que convidava para uma carona em sua moto.

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Nesse momento, Alice acabou de tomar seu café da manhã. Olhou pela janela e viu que ele estava lá. Deu um largo e brilhante sorriso. Colocou sua calça jeans, calçou seu all- star branco, vestiu uma blusa verde, desenhou bigodes de gato em suas rosadas bochechas e, por último, botou um nariz de palhaço.

Pulou a janela de seu quarto (ficava no segundo andar) alcançando facilmente o chão. Abriu o portão do prédio e foi ao encontro dele. Ambos se cumprimentaram com aquele costumeiro beijinho no rosto e, logo em seguido, ela subiu na garupa da moto.

Em instantes, Kliker zarpou. Alice, com medo de cair, pôs os braços em volta da barriga do motorista. Ele estava usando uma jaqueta preta. Ela aproveitou a oportunidade e sorrateiramente pôs suas habilidosas mãos dentro de seus bolsos furtando-lhe a carteira, ainda tendo a mesma agilidade para colocar a mesma dentro de sua blusa, apesar da alta velocidade, pois a moto estava a 120 km/h. – Parece que sono não é a única coisa que ela rouba. – Pensou Kliker. No entanto, a carteira estava vazia, por isso não se importou.

- Sabe Kliker, se você fechar os olhos pode enxergar o paraíso, é fascinante.
- É mesmo?
- Sim.
- Sim o quê?
- Sim senhor.
- Hmmm... Bem melhor agora. – Disse Kliker num tom rude.

Às vezes, na vida de qualquer ser humano, é preciso de alguns segundos para que se faça algo. Algo que pode mudar a vida de quem o faça. Às vezes, um pequeno ato é tudo de que precisamos para nos tornar livres. Somente isso para saber se valeu a pena tudo que vivemos. Foi nisso que Kliker pensou quando repentinamente acelerou mais sua moto. Tinha feito à decisão que mudaria não só sua vida, como a de outras pessoas que nunca antes vira.

O shopping era o local que escolhera. Uma decisão feita na hora, pensada na hora, sem preparos ou coisa parecida que um estrategista psicótico pensaria antes de tal maldoso ato (ou bondoso dependendo do ponto de vista).

Alice estava começando a se assustar, ela percebeu (o que é inevitável) que a moto estava indo rápido demais. Apesar de assustada, gostava daquela sensação. Não sabia o que diabos ele estava pensando, mas certamente era algo bom, não importasse o que fosse. Foi nesse momento que teve uma idéia, faria-o ver o paraíso.

Kliker sentiu as macias mãos de Alice tapando-lhe os olhos – Ah, que sensação boa. Nesse momento nada mais importa. – Pensou ele. De repente, o veículo subiu na calçada e começou a atropelar os pedestres. Ao invés de gritos e protestos para o louco motorista, ouvia-se elogios de quem estava sendo atropelado.

-VAI FUNDO RAPAZ! – gritou um velho.
-NÃO DESISTA AGORA! – gritou freneticamente uma senhora.
-NÃO SE ESQUEÇA, A ESTRADA PARA ONDE QUER QUE VOCÊ VÁ, É LOGO ALI VIRANDO A ESQUERDA! – apontou um garoto usando um daqueles bonés com uma espécie de hélice de brinquedo que se vê em aviões.

Kliker estava deixando as coisas fluírem. Esse era o momento mais importante de sua vida, porque pela primeira vez ele não estava querendo controlar as coisas, deixaria tudo fluir naturalmente, como um louco sonhador.

Blogs interessantes

Pra quem gosta de ler, aqui vai a dica de dois sites interessantes:
http://www.ivancarlo.blogspot.com e http://www.serieanjos.blogspot.com/

O primeiro fala de diversas coisas, já o segundo é sobre uma história muito legal.

boa leitura.

Caçadores de Pipas


Em dias em que a temperatura chega à 120º, é muito comum ficarmos em casa dentro de nossos quartos refrigerados com potentes condicionadores-de-ar. No entanto, existem pessoas determinadas e corajosas, arriscando-se embaixo do infernal calor, fazendo, muitas vezes, esforços que parecem ser fora do comum, não humanos, para pegar pipas (SIM, PIPAS!).

Estas pessoas são chamadas popularmente de moleques-de-rua, eu prefiro chama-las de caçadores de pipas, não por ser um termo eufemista, mas porque quando elas caçam, acontece uma guerra que pouca gente percebe. Eles correm como loucos de rua em rua, quarteirão a quarteirão, batem uns nos outros, enfim, se assemelham a verdadeiros animais.

Talvez o que os fascine tanto neste objeto de pouco valor, é o fato de poder fazê-lo voar. É possível notar o puro êxtase em seus olhos quando vêem a pipa nos confins do céu. Quem sabe eles se sintam como elas, livres, mas ao mesmo tempo, presos por grilhões que não os deixam esquecer da realidade de suas vidas, que ao descer do grande azul, se tornarão novamente pessoas normais, frágeis, assim como suas pipas: pedaços de graveto, um pouco de plástico e alguns metros de linha, nada de especial.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Pessoas camufladas


Lá estava ele andando pelas ruas da cidade. Calça jeans, all star preto e uma camisa branca, seu nome era Fringles. Rapaz alto, magro, olhos castanhos escuros e cabelos ondulados da mesma cor. Apenas 17 anos e muitas idéias na cabeça, idéias que não contaria à ninguém, nem que fosse necessário. Era assim que pensava das pessoas. Não confiava nem mesmo em seus pais, aqueles que haviam-lhe dado a vida, SIM, a vida. Esta última fizera-o passar por situações complicadas das quais não gostava de lembrar.

É bom andar, consigo aprender muito observando o fator humano, este que é tão cheio de maldade... Opa! Aquele alí tem cara de malandro! Fica no sinal fazendo aquele malabarismo com bolas, ou qualquer outra coisa, em troca de dinheiro. Já aquela senhora aparenta ser boazinha, no entanto, não ficaria surpreso se ela estiver carregando alguma daquelas maçãs envenenadas nessa sua sacola, pronta para entregar à primeira garota que apareça em sua frente. É isso o que pessoas velhas fazem. Figem ser algum de tipo bondade encarnada e depois, quando damos as costas, nos atingem! Aquela mãe parece conhecer bem seu filho pequeno.- O garoto parecia ter uns sete anos e Fringles viu quando a mãe tinha comprado um brinquedo, depois de ele muito ter chorado- Que idiota. Não vê que só está alimentando o egoísmo do moleque? Aposto que quando crescer vai ser um daqueles garotos mimados, que têm como diversão atacar pessoas paradas em pontos de ônibus durante a madrugada (apesar de achar que elas mereçam apanhar mesmo). Malditos! - pensava.

Pode parecer um pouco estranho mas Fringles era um garoto bom, ao menos aos olhos da sociedade. Ajudava ao próximo sempre que podia, no entanto, por dentro era só raiva e ódio. Fazia boas ações para que o tomassem como um exemplo. Mas naquele dia em especial, não iria cometer uma boa ação. Chegaria em casa, pegaria o revólver do pai e toda munição que encontrasse. Castigaria o máximo de pessoas que conseguisse. Ah sim, se iria! Estava louco por isso. Seria uma jornada sem retorno, mas valeria a pena. Viraria capa de revista e, quem sabe, conhecido no mundo todo. Pelo menos até que outra tragédia o jogasse no manto do esquecimento público.

Chegou em casa ofegante. O sangue fervia em suas veias como nunca. Era muita adrenalina.

Foi para o quarto do pai e se dirgiu ao guarda-roupa. Lá estava ela, pronta para ser usada. Desert-Eagle (igual aquelas do jogo: "counter-strike"). Definitivamente, essa belezinha vai fazer um bom estrago.

Já eram quase três da tarde quando saiu para rua empunhando a arma. Prendeu a respiração. "É um, é dois e é..." BANG. Atingira uma velinha vendedora de maçãs. BANG. Atingiu um garoto de rua que ganhava dinheiro fazendo malabarismos no sinal. BANG. Atingiu um garotinho que passeava com a mãe tendo um brinquedo recém comprado em mãos. BANG. Dessa vez ele mesmo fora a vítima. O tiro atingiu em cheio suas costas e fora dado por um policial que estava horrorizado com tudo.

À tarde foi a maior confusão. Todos os baleados estavam mortos, e os pais do garoto assassino não sabiam o que falar. Queriam ter dito que seu filho era um herói. Que tivera encontrado a cura para a AIDS. Que depois de formado na faculdade, havia se casado com uma boa mulher. Mas eram apenas bons pensamentos que qualquer pai deseja ao filho. Nada mais podiam falar do que a tão conhecida frase: "Onde foi que eu errei?".

Um mês depois tudo voltou ao normal. As manchetes do jornal foram substituidas por um acidente de avião que havia ocorrido. Diziam que era o mais terrível acidente da aviação aérea.

Pouca gente sabia. A velhinha que havia sido assassinada era na verdade "Vovózinha Loba". Passava o dia colhendo maçãs em seu pomar e depois as enchia de veneno. Quem consumia, morria três meses depois sem nenhum motivo aparente.

Pouca gente sabia. O garoto-de-rua que havia sido morto, era na verdade um traficantizinho. Cometia pequenos delítos e também alguns assassinatos.

Ninguém sabia. Mas o garotinho morto, que antes aparentava ter a mais bela inocência infantil, anos mais tarde iria se divertir espancando pessoas em pontos de ônibus durante a madrugada.

Absolutamente ninguém fazia idéia que Fringles foi um tipo de anjo-da-guarda, injustamente pintado de mau aos olhos da história.

sábado, 7 de julho de 2007

Talvez fosse verdade?

Um dia eles começaram a brincar daquela famosa guerra de travesseiros. Eram amigos de longa data e faziam a maioria das coisas juntos. Quem havia dado a idéia fora Alice, garota alta, em torno de 1,76; cabelos castanhos claros, olhos cor de mel, lábios carnudos e uma pele branca, aspecto europeu. Estavam no quarto dela e haviam acabado de chegar de uma festa. Eram exatamente três horas da manhã.
Bem, pra ser mais específico, a brincadeira surgiu de uma travesseirada que Alice havia dado em seu amigo, Jack, rapaz baixo, beirava os 1,67; olhos castanhos escuros, corpo mirrado, cabelos longos e lisos, tinha uma pele branca assim como a de sua amiga.
- Ah! Agora eu vou te pegar - disse ele após ter recebido uma pancada em cheio no rosto. Começou a correr atrás dela, mas era muito rápida para conseguir acompanhar, apesar da pequena distância que os separavam, pois a perseguição se limitava em correr em volta da cama.
De súbito, o nada habilidoso Jack, recebeu outra travesseirada mas, desta vez, o golpe havia-lhe trazido consequências que ninguém poderia imaginar. Ao ter sua cabeça encostado no travesseiro, dormiu no mesmo segundo e acabou caindo no chão desacordado.
O rapaz agora se via numa rua onde observou ter várias pessoas. O local era extenso e também muito limpo. Não conseguia saber se era noite ou dia e começou a se perguntar o que estava fazendo ali. Num segundo estava no quarto de sua amiga, agora isso? Definitivamente não fazia sentido - Pensava. Apesar do mistério, ele parou e começou a fitar as pessoas. Percebeu que se tratava de gente comum, no entanto tinham lá suas particularidades. O que lhes diferenciavam das outras é que elas pareciam ser felizes. Todas tinham sorrisos estanpados no rosto e, o que é mais estranho, estavam vestidas de branco. Via crianças brincado com um cachorro e casais felizes de mãos dadas. Havia notado outra coisa mais estranha ainda, todos eram jovens e nenhum dos adultos aparentava ter mais do que 18 anos.
Ficara bestificado com aquilo! Como seria possivel?!? O que estava acontecendo? Onde estava? - Começou a pensar de maneira desesperada. De repente notou que suas roupas também haviam mudado mas, diferente daquelas pessoas, as suas tinham uma cor azul.
Todos notaram o "estranho" e, como que automaticamente, convergiram os olhares curiosos para ele. Jack caiu de joelhos e desmaiou. Agora ele se encontrava em seu quarto deitado na cama. Levantou suspirando com os olhos arregalados. Ao redor de onde estava, encontravam-se vários desenhos de uma garota. No papel, ela tinha cabelos castanhos claros, olhos cor de mel e lábios avantajados.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O Mundo Animal

Hoje eu estava fazendo uma prova e fiquei, por alguns momentos, a observar o comportamento de meus colegas de classe durante o exame. O resultado foi engraçado, as pessoas fazem de tudo numa hora dessas e, por mais simples que possa parecer, é muito interessante.
Pois bem, notei gente parada observando um "nada" (quem sabe estivessem pensando em suas vidas, contas para pagar ou como iriam viver depois dessa experiência), havia outras que massageavam os pés e, ao mesmo tempo, contorciam a cara analisando a questão (imaginem um míope sem óculos); têm aquelas que olham para os lados numa atitude muito "suspeita", depois colocavam o lápis na boca e assim ficavam a admirar os dotes físicos do professor. O máximo que já fiz numa ocasião dessas foi falar de futebol com o colega ao lado (sim, eu gostei de ter feito tal coisa).
O que é engraçado mesmo, é ver a reação da sala depois que o mestre avisa faltar tantos milésimos de segundos para o término da prova. São nessas horas que tiramos forças para concluir as nossas respostas. Alguns nem se dão ao trabalho, outros ficam a chorar dizendo que precisam de mais alguns minutos.
A verdade é que tudo não passa de uma farsa (daquelas bem elaboradas pelo centro acadêmico). Nessas horas estamos num campo de batalha psicológico. Temos apenas duas escolhas, morrer ou matar .
Se pudesse, arranjaraia um jeito de filmar tudo aquilo com o objetivo de, no futuro, fazer programas equivalentes à aqueles que vemos em canais como o national geographic channel, quando mostram a vida das baleias e o acasalamento das tartarugas. Sem dúvida alguma fariam algum sucesso.
Éhhh, caros leitores, às vezes o que fazemos numa hora dessas pode decidir o nosso futuro. São nesses momentos em que se fazem enxergar os fracos e os fortes (o mundo é cruel, não é mesmo?). Estudem! Não sejam como aqueles repórteres desses telejornais que dizem para uma pessoa, que nem mesmo completou a quinta série, a seguinte frase: " Quer dizer que foi homicídio sem motivo aparente?" , o outro responde "Sim, foi... isso ae aparente"

Boa Noite

sábado, 23 de junho de 2007

Golpes máximos machucam uns e elevam outros

Sala de aula. Sexta-feira. Faltavam dez minutos pra toda aquela rotina acabar. Consequência disso foi a bagunça (muito típica) que se formou na turma. Alunos dormindo (se é que pode considerar isso como bagunça), meninos e meninas pichando cadeiras com seus nomes numa tentativa desesperada de deixar sua marca nesse mundo, além de outras coisas mais. Apesar desse infortúnio, instantânea dor de cabeça pra qualquer professor, sempre tem um ou dois alunos interessados que insistem em lutar numa guerra que parece perdida.
Um desses alunos é Washington. Garoto de origem pobre, estatura média, em torno de 1,74 de altura, branco, cabelo raspado. Trabalhava desde os sete anos pra ajudar com a renda familiar, hoje ele tem 16 anos. Ele era um estudante que queria, literalmente, absorver o conhecimento com o propósito de ser alguém importante. Seu único azar foi de, por uma brincadeira do destino, ter sido jogado numa turma onde a maioria era de vagabundos.
- Professor, explique melhor o porque de Napoleão ter imposto esse embargo comercial à Inglaterra? - Perguntara quase gritando, pois a turma não colaborava.
- Ahhh cala a boca maluco! - Havia gritado alguém do "fundão".
- O miserável que disse isso, levanta-te e venha tentar me calar. - Disse numa súbita cólera de raiva.
De repente, Mauricio Chavez, aluno que repetia pela 4 vez o segundo ano, levantou-se de sua cadeira e correu em direção a Washington com intuito de derruba-lo. Ele era bem maior. Tinha em torno de 1,95 de altura, além de tudo, o cara parecia um gorila, literalmente.
Washington previu o que iria acontecer, esperou o malandro se aproximar e deu um soco na cara do rapaz. O golpe havia sido tão forte que Chavez havia sido lançado cerca de 3 metros o que havia percorrido. A turma se espantou. Nenhum dos que estavam lá haviam presenciado tal acontecimento antes. As garotas gritavam, os garotos uivavam, e o professor dava pulos de felicidade. Washington ainda não acreditava no que tinha feito. Olhava seus punhos, ainda cerrados. Foi nesse momento que teve uma idéia. Já sabia o caminho pro sucesso, iria ser boxeador.

sábado, 16 de junho de 2007

Sem preparo coisas entaladas surgem do nada.

Lá estava ele, frente a frente com uma prova que teve exato um mês para preparo. Não sabia o que responder, via as questões e a única coisa que vinha à sua mente era a noite de ontem; Ahhhh ontem... Lembrava-se que havia curtido muito. Saira com os amigos e passou a madrugada inteira rodando pelas ruas da cidade. Sentia-se livre de uma prisão que há muito o havia deixado na condição de cativo. Depois daquilo, depois daquela simples experiência, só tinha que cair na gargalhada. Assim o fez - HAHAHAHAHAHAHAHAH - Ops, devia ter manerado na altura de minha voz (pensava).
Enquanto isso, todos o olhavam incrédulos. Como uma criatura daquelas podia ter cometido tal gafe em um teste tão importante? (peguntavam-se).
- Você deve ser louco! Se quiseres sair vivo daqui, dê o fora maldito! - Berrava o professor espantando a todos da turma.
- Desculpe-me professor, prometo que não repetirei tal ato.
- Assim espero!

Na verdade ele estava se lixando pra tudo aquilo. Alguns minutos depois voltou a fitar o papel com uma expressão de que tinha econtrado algo. Começou a bater a ponta do lápis na mesa repetidas vezes. Botou a mão na testa e, como se movido por alguma coisa sobrenatural, iniciou a resolução. Fora um dos primeiros à acaba-la. Estava convencido de que iria se dar mal. Que azar, meus pais dão um duro danado no trabalho pra depois serem recompensados com aquilo? Sinto vergonha de mim mesmo. Mês que vem eu estudo. (Repetia isso como um tipo de mantra).
No dia seguinte havia recebido a prova. Não queria olhar a nota, fruto de muita vagabundagem! O que queria era estar lendo jornal. Esperou alguns momentos antes de ver o resultado. Ironia, era somente essa palavra que havia encontrado para definir o que havia se passado. Tinha tirado nota máxima. O único da turma.
- EU NÃO SEI QUANTO À VOCÊS, MAS EU VOU ME EMBORA HAHAHAHAHHAHA - deu um tapa na cara do professor, beijou a garota mais bonita que lá havia e fugiu da sala.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Livro sem página

Estou segurando uma borracha na mão esquerda e um lápis na outra mão (evidentemente é a direita). Vejo formigas andando pela mesa. Elas tentam me morder, mas felizmente eu encontro alguma utilidade nesses utensilhos. Não vai ser fácil de elimina-las, o lápis não está apontado e a borracha está apagada ao meio. Agora tenho a impressão que elas rodeiam minha cabeça. Será que estou vendo formigas? Será?!!?
Deixo isso pra lá, talvez se eu ignora-las quem sabe me deixam em paz. Não, não posso deixar isso de lado, se eu fizer isso elas podem querer roubar minha casa.
Agora vejo. Não são nenhum tipo de inseto, são fendas! Fendas que se abriram sem nenhum propósito aparente! Vou fecha-las. Nesse momento.