sábado, 13 de outubro de 2007

Vaidade



Sabe, decidi contar essa história porque... porque... a título de informação. Eu tinha um tio chamado Evandro da Silva. Ele se deu bem na vida quando ganhou na megasena. Morreu. Como era viúvo, todos os seus bens foram deixados para meu primo, Max Flamboyant.


O Flamboyant é uma peça única. Nunca conheci alguém igual a ele. Ele é um cara muito bonito, estilo ator holywoodiano. Para cuidar da beleza ele gastava uma nota em loções, cremes, colônias, shampoos, condicionadores, produtos de higiene pessoal em geral. Era realmente uma grana preta. Um banho do Max era a junção de banho de noiva e de noivo. Ele dizia que único apelido que aceitava era "Deus". É, eu sei que a convivência com o Flamoyant é difícil. Quando nós íamos a uma festa, ele demorava anos para se arrumar. Quando acabava de se arumar, estava com uma roupa mega cara, não esquecendo das luvas (ele só andava de luvas para proteger as mãos).


Agora imagine a situação: um cara bonito, bem vestido e rico numa boite. As mulheres ficavam de olho nele, só que ele dava o fora em todas. Ele dizia que nenhuma pessoa era digna dele, nenhuma pessoa era digna da beleza dele. Certa vez eu brinquei, perguntei o que ele faria se um dia queimasse o rosto. Ele se ajoelhou, me fez ajoelhar também, e começou a orar um Pai Nosso. Quando acabou de orar pediu para Deus me perdoar e me disse para nunca mais falar uma besteira como aquela.


O Flamboyant não está mais morando no Brasil, está morado em Milão, com seu namorado, Eros Zában. O Flamboyant achou o par perfeito para ele. Como era podre de rico, madou fazer um clone dele e batizou o clone de Eros Zában. É... o Flamboyant não é mais tão único quanto era antes, mas continua sendo vaidoso.

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