Sou um cara viciado em vídeo-game. Já zerei muitos jogos nas dificuldades mais difíceis, no entanto, da forma mais fácil possível. Sempre quando eu morria, podia recomeçar. Nada mais era um desafio. Até que veio esse jogo novo.
Comecei a jogá-lo depois que cheguei em certa idade, porque somente assim é permitido. Esse, ao contrário dos muitos jogos que estava acostumado a vencer, não tem uma segunda chance. Se erro, sou obrigado a conviver com as conseqüências, se acerto, é bom, mas não o bastante.
O prêmio para os bons jogadores é a marca que lhes são permitidos deixar quando dá “game-over”. Eles são lembrados pelas gerações presente e futura pelo jeito que jogaram, fazendo, inclusive, muitos adeptos ao seu estilo. Para os que jogam mal, cair no esquecimento é o prêmio de consolação.
Eu não jogo tão bem assim, meus erros e acertos são inconstantes. Apesar disso, vou jogando até acertar, mesmo que faça uma seqüência de erros, desistir está fora de cogitação. Quem sabe no fim eu seja lembrado como um bom jogador, mas se não for... Ficarei triste, porque meu esforço não foi reconhecido.
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