quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ditadores em Massa


Todas as pessoas têm um pouco de ditador em seu interior, apesar de que em algumas isso se equipara a grãos de areia. É verdade. Mesmo que não notemos, estamos querendo que nossas opiniões se sobreponham as dos outros, principalmente se estes últimos forem considerados mais fracos ou mais “burros” por nós. No entanto, não são raras as vezes que nos passamos por hipócritas. Um belo exemplo disso é quando nossos ídolos fazem coisas que, num passado não muito distante, repudiávamos, depois, pelo simples motivo de eles fazerem, criamos certa afinidade por aquela idéia antes desvalorizada pela nossa falta de visão, ou, quem sabe, uma súbita alienação.

Não confundamos o exemplo anterior como um argumento que defenda a falta de liberdade em mudar de opinião, pois todo mundo muda, isso é natural quando evoluímos ou regredimos psicologicamente. Mas sim uma critica ferrenha a esses falsos críticos, que acham saber de tudo e todos sem antes conhecer a fundo sobre o que se está dizendo e ainda esperam que todos compartilhem de sua visão.

Quantas vezes nossas idéias foram descartadas por aquele adulto teimoso e limitado, só porque ainda estávamos no ensino fundamental ou tínhamos um pouco menos de idade que ele, e depois rimos muito porque o ignorante se deu mal? Quantas vezes não deixamos de ouvir o outro por pensarmos que uma nota de prova resume toda a capacidade intelectual dele, e quando menos percebemos tudo estava certo? Uma coisa que não pode ser ignorada é a diversidade de opiniões, mesmo que não as aceitemos precisamos ter um certo respeito pelo que os outros pensam.

Critiquemos sim, mas antes tenhamos certeza do que falamos, analisemos as possibilidades e depois demos o nosso aval. Ninguém é dono da verdade, está é a verdade. (Muito ditador, não acha?)

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