segunda-feira, 25 de junho de 2007

O Mundo Animal

Hoje eu estava fazendo uma prova e fiquei, por alguns momentos, a observar o comportamento de meus colegas de classe durante o exame. O resultado foi engraçado, as pessoas fazem de tudo numa hora dessas e, por mais simples que possa parecer, é muito interessante.
Pois bem, notei gente parada observando um "nada" (quem sabe estivessem pensando em suas vidas, contas para pagar ou como iriam viver depois dessa experiência), havia outras que massageavam os pés e, ao mesmo tempo, contorciam a cara analisando a questão (imaginem um míope sem óculos); têm aquelas que olham para os lados numa atitude muito "suspeita", depois colocavam o lápis na boca e assim ficavam a admirar os dotes físicos do professor. O máximo que já fiz numa ocasião dessas foi falar de futebol com o colega ao lado (sim, eu gostei de ter feito tal coisa).
O que é engraçado mesmo, é ver a reação da sala depois que o mestre avisa faltar tantos milésimos de segundos para o término da prova. São nessas horas que tiramos forças para concluir as nossas respostas. Alguns nem se dão ao trabalho, outros ficam a chorar dizendo que precisam de mais alguns minutos.
A verdade é que tudo não passa de uma farsa (daquelas bem elaboradas pelo centro acadêmico). Nessas horas estamos num campo de batalha psicológico. Temos apenas duas escolhas, morrer ou matar .
Se pudesse, arranjaraia um jeito de filmar tudo aquilo com o objetivo de, no futuro, fazer programas equivalentes à aqueles que vemos em canais como o national geographic channel, quando mostram a vida das baleias e o acasalamento das tartarugas. Sem dúvida alguma fariam algum sucesso.
Éhhh, caros leitores, às vezes o que fazemos numa hora dessas pode decidir o nosso futuro. São nesses momentos em que se fazem enxergar os fracos e os fortes (o mundo é cruel, não é mesmo?). Estudem! Não sejam como aqueles repórteres desses telejornais que dizem para uma pessoa, que nem mesmo completou a quinta série, a seguinte frase: " Quer dizer que foi homicídio sem motivo aparente?" , o outro responde "Sim, foi... isso ae aparente"

Boa Noite

sábado, 23 de junho de 2007

Golpes máximos machucam uns e elevam outros

Sala de aula. Sexta-feira. Faltavam dez minutos pra toda aquela rotina acabar. Consequência disso foi a bagunça (muito típica) que se formou na turma. Alunos dormindo (se é que pode considerar isso como bagunça), meninos e meninas pichando cadeiras com seus nomes numa tentativa desesperada de deixar sua marca nesse mundo, além de outras coisas mais. Apesar desse infortúnio, instantânea dor de cabeça pra qualquer professor, sempre tem um ou dois alunos interessados que insistem em lutar numa guerra que parece perdida.
Um desses alunos é Washington. Garoto de origem pobre, estatura média, em torno de 1,74 de altura, branco, cabelo raspado. Trabalhava desde os sete anos pra ajudar com a renda familiar, hoje ele tem 16 anos. Ele era um estudante que queria, literalmente, absorver o conhecimento com o propósito de ser alguém importante. Seu único azar foi de, por uma brincadeira do destino, ter sido jogado numa turma onde a maioria era de vagabundos.
- Professor, explique melhor o porque de Napoleão ter imposto esse embargo comercial à Inglaterra? - Perguntara quase gritando, pois a turma não colaborava.
- Ahhh cala a boca maluco! - Havia gritado alguém do "fundão".
- O miserável que disse isso, levanta-te e venha tentar me calar. - Disse numa súbita cólera de raiva.
De repente, Mauricio Chavez, aluno que repetia pela 4 vez o segundo ano, levantou-se de sua cadeira e correu em direção a Washington com intuito de derruba-lo. Ele era bem maior. Tinha em torno de 1,95 de altura, além de tudo, o cara parecia um gorila, literalmente.
Washington previu o que iria acontecer, esperou o malandro se aproximar e deu um soco na cara do rapaz. O golpe havia sido tão forte que Chavez havia sido lançado cerca de 3 metros o que havia percorrido. A turma se espantou. Nenhum dos que estavam lá haviam presenciado tal acontecimento antes. As garotas gritavam, os garotos uivavam, e o professor dava pulos de felicidade. Washington ainda não acreditava no que tinha feito. Olhava seus punhos, ainda cerrados. Foi nesse momento que teve uma idéia. Já sabia o caminho pro sucesso, iria ser boxeador.

sábado, 16 de junho de 2007

Sem preparo coisas entaladas surgem do nada.

Lá estava ele, frente a frente com uma prova que teve exato um mês para preparo. Não sabia o que responder, via as questões e a única coisa que vinha à sua mente era a noite de ontem; Ahhhh ontem... Lembrava-se que havia curtido muito. Saira com os amigos e passou a madrugada inteira rodando pelas ruas da cidade. Sentia-se livre de uma prisão que há muito o havia deixado na condição de cativo. Depois daquilo, depois daquela simples experiência, só tinha que cair na gargalhada. Assim o fez - HAHAHAHAHAHAHAHAH - Ops, devia ter manerado na altura de minha voz (pensava).
Enquanto isso, todos o olhavam incrédulos. Como uma criatura daquelas podia ter cometido tal gafe em um teste tão importante? (peguntavam-se).
- Você deve ser louco! Se quiseres sair vivo daqui, dê o fora maldito! - Berrava o professor espantando a todos da turma.
- Desculpe-me professor, prometo que não repetirei tal ato.
- Assim espero!

Na verdade ele estava se lixando pra tudo aquilo. Alguns minutos depois voltou a fitar o papel com uma expressão de que tinha econtrado algo. Começou a bater a ponta do lápis na mesa repetidas vezes. Botou a mão na testa e, como se movido por alguma coisa sobrenatural, iniciou a resolução. Fora um dos primeiros à acaba-la. Estava convencido de que iria se dar mal. Que azar, meus pais dão um duro danado no trabalho pra depois serem recompensados com aquilo? Sinto vergonha de mim mesmo. Mês que vem eu estudo. (Repetia isso como um tipo de mantra).
No dia seguinte havia recebido a prova. Não queria olhar a nota, fruto de muita vagabundagem! O que queria era estar lendo jornal. Esperou alguns momentos antes de ver o resultado. Ironia, era somente essa palavra que havia encontrado para definir o que havia se passado. Tinha tirado nota máxima. O único da turma.
- EU NÃO SEI QUANTO À VOCÊS, MAS EU VOU ME EMBORA HAHAHAHAHHAHA - deu um tapa na cara do professor, beijou a garota mais bonita que lá havia e fugiu da sala.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Livro sem página

Estou segurando uma borracha na mão esquerda e um lápis na outra mão (evidentemente é a direita). Vejo formigas andando pela mesa. Elas tentam me morder, mas felizmente eu encontro alguma utilidade nesses utensilhos. Não vai ser fácil de elimina-las, o lápis não está apontado e a borracha está apagada ao meio. Agora tenho a impressão que elas rodeiam minha cabeça. Será que estou vendo formigas? Será?!!?
Deixo isso pra lá, talvez se eu ignora-las quem sabe me deixam em paz. Não, não posso deixar isso de lado, se eu fizer isso elas podem querer roubar minha casa.
Agora vejo. Não são nenhum tipo de inseto, são fendas! Fendas que se abriram sem nenhum propósito aparente! Vou fecha-las. Nesse momento.